sexta-feira, 3 de abril de 2020

Confinados...


O mais difícil é não poder fazer minha caminhada diária.
Sinto falta de caminhar nos jardins do castelo; de conversar com as flores, as árvores, e os patinhos e do Tejo correndo lá mais abaixo, rumo ao encontro do mar.  Sinto falta de ficar olhando as montras, as pessoas tomando sol na Praça da Batalha.

Sinto falta do cheiro de mato e também das pastelarias.  Aqui de casa só sinto o cheiro das refeições da Santa Casa de Misericórdia.

Fico andando no terraço de uma ponta a outra até ficar tonta, rs. Paro, olho a praça vazia , vontade de sentar em seus bancos, coisa que raramente faço, mas, que agora me parece muito importante. Fico olhando as igrejas de São Vicente e São João, fechadas… me recordo de uma profecia. “vai chegar um dia que vais querer ir à igreja e não poderás”.

Olho os muros do castelo que já devem ter presenciado outras tragédias… lá em cima o hotel Luna, a torre de comunicação… faltam as pessoas.

Mas a esperança, essa continua comigo.

Vai passar!!

quinta-feira, 2 de abril de 2020

Cá estamos...

Um ano se passou, um ano de mudanças!
Casa nova, ocupação nova, país novo, vida nova.
Não direi que foi tudo um mar de rosas, disso já sabia. Apesar de nos prepararmos por dois anos para a mudança, tivemos que aprender a conviver; com uma nova cultura diferente da nossa, adequar o nosso paladar a novos sabores, enfrentar a pandemia longe dos nossos entes queridos.
No entanto, passado esse ano de adequação, corre corre para se legalizar e, apesar da situação atual, eu só tenho agradecimento a Deus, ao universo, que permitiu que aqui chegássemos e nos estabelecêssemos.
Não pretendíamos vir a Abrantes, nem conhecíamos, mas uma série de acontecimentos nos trouxe aqui. E somos imensamente gratos.
Amamos essa cidade, com sua história, seu castelo, o rio Tejo a banhá-la, as pessoas que nos ajudaram, que se tornaram nossos amigos.
Tenho tanto a  agradecer a Deus: a vida, a força, a coragem, a família e os amigos. Tanto já fez por mim, tanta gente iluminada já colocou na minha estrada! 
Eu sou muito abençoada!

Eu X Mim (quando seu pior inimigo é você mesmo)

Descobrir que se tem uma doença crônica  é dolorido; mas saber que essa doença na verdade não é uma doença, mas seu sistema imunológico que ataca seus próprios tecidos...daí é complicadíssimo entender.
Aprender a conviver com a doença é um processo, delicado, exige muito esforço e dedicação. Porém, o mais  importante é nunca perder a fé, e a esperança. E para continuarmos com fé no sofrimento, só com Jesus nos ajudando a lidar com os problemas. E Ele realmente nos sustenta! Só com Ele continuamos a  acreditar que com o passar do tempo, as melhoras serão visíveis e que o amanhã já não será tão difícil como o hoje.

A doença que não tem cura, também conhecida como doença crônica, pode surgir de forma inesperada, tendo na maior parte dos casos um impacto negativo e avassalador na vida de uma pessoa.

Não é fácil conviver com a necessidade de tomar remédios todos os dias ou com a necessidade de precisar de auxilio para desempenhar tarefas do dia-a-dia, porém para conviver melhor com a doença existem certas atitudes físicas e mentais que podem ser de grande ajuda. Assim, algumas dicas que podem nos ajudar a conviver melhor com a doença podem ser:

·         Conhecer a doença
Conscientizar-se de que se tem uma doença incurável, aprender a conviver com ela, acostumar-se e enfrentar os problemas, este é o primeiro passo. Ignorar a doença e as suas consequências, apenas adia o inevitável e acaba por causar mais estresse e sofrimento a longo prazo. Precisamos estar alertas, investigar, procurar opções de tratamento, contatar com as pessoas que tenham a doença que possam testemunhar suas experiências;

·         Ter equilíbrio

Pode ser necessária a mudança no seu estilo de vida. Mas você está vivo, tem que continuar. A doença não deve controlar sua vida. Cultive pensamentos positivos, sorria, escute, organize-se, não perca suas amizades. Faça o que lhe dar prazer: ouça musica, leia, assista um filme, etc.;

·         Controle da própria vida

Descubra o que não pode mais fazer, e tome decisões. Exemplo: se já não consegue amarrar os cadarços, pode escolher deixar de usar tênis ou sapato com cadarço, pode optar por pedir ajuda de alguém. Estabeleça metas (razoáveis), que acha que consegue atingir, mesmo que isso demore algum tempo e necessite de alguma dedicação. Mas  isso irá dar uma sensação de realização e ajudar a restaurar a autoconfiança.

Qualidade de vida também inclui a habilidade de mostrar e receber amor, de participar em atividades agradáveis e de continuar a ter esperança. Desejamos ainda desfrutar da vida ao ponto que a doença e o tratamento permitirem...